Meu corpo se esfarelando
Não tenho matéria
Apenas feridas e escamas
Sinto as minhas vísceras e entranhas se partindo
Os vermes terão banquete
Ou vomitarão essa podridão
Não sei?
Sei apenas que
A cada dia que passa
Um novo dia, o recomeço.
De dor e sofrimento
E um novo pedaço de mim se vai
Pela sala, corredores, cama, banheiro e quintal.
Um quebra cabeça que jamais será remontado
Juntamente com os meus anseios, alma e esperança.
Mas não me entrego
E mesmo sem os meus dedos
Continuarei escrevendo
Os meus pensamentos
Intacto e imutável
Para o infinito branco
Do papel.
R.JORDAN
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